As "Bem-Aventuranças" dos idosos
Felizes os que respeitam as minhas mãos enrugadas e os meus pés deformados.
Felizes os que falam comigo, apesar dos meus ouvidos já não entenderem bem as suas palavras.
Felizes os que compreendem que os meus olhos começam a não ver e as minhas ideias a ficar baralhadas.
Felizes os que com um sorriso perdem tempo a conversar comigo.
Felizes os que nunca me dizem: "É já a terceira vez que me conta essa história".
Felizes os que me ajudam a lembrar coisas de antigamente.
Felizes os que me dizem que gostam de mim e que ainda presto para alguma coisa.
Felizes aqueles que me ajudam a viver os últimos dias da minha vida.
Revista "Magnificat", Janeiro 1991
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